Isabella


Isabella Dionísio

Aos 10 anos, Isabella entrou para o teatro, na escola da BSB Arte. Com o registro profissional (tirado aos 16 anos) e os resultados de uma maratona de cursos de vídeo nas mãos, feitos com profissionais como Luiz Antônio Rocha, Ignácio Coqueiro e Cininha de Paula, a atriz partiu em busca de maior visibilidade. Versátil, antes de integrar o elenco dos curtas The meeting (de Roberto Jabor, o primo de Arnaldo Jabor) e a dupla de médias-metragens dirigidos por Edson Erdmann, O livro vermelho e 31 - Os últimos desejos dos últimos segundos do ano, a atriz colecionou trabalhos para agências de publicidade e nos palcos.

Além de frequentar o curso de teatro Neia & Nando (com a qual atuou em temporada carioca de Pocahontas), ainda em Brasília, e integrante da Companhia da Ilusão, ela tomou parte da clássica Romeu e Julieta e encarou a dificuldade de Esta propriedade está condenada, no papel de Willie, a menina com nome de rapaz, na montagem de Tennessee Williams. Com a BSB Arte, vieram outros dois desafios shakespereanos: viver uma jovem Lady Macbeth e se deleitar com a espevitada Catarina de A megera domada.

"A gente tá sempre buscando coisas novas, mas eu me apaixonei pela arte de interpretar. A Globo é um meio, uma experiência nova que estou adorando. Quero expandir, futuramente, meu trabalho. Estar na Globo, para mim, é ter a certeza de que meu trabalho é visto: é a melhor vitrine", ressalta. Sem ideia de demérito, a jovem crê que Malhação ainda seja "um programa que sofre preconceito".

Apesar da temporada ID do seriado amargar uma das piores audiências, o número de comentários no site do programa vespertino é um dos indícios de prestígio. "Os jovens acreditam na gente e participam muito -, isso é o melhor retorno que temos. Os personagens da Malhação existem e é por isso que há tanta identificação. É nítido que os conflitos abordados marcam a transição vivida pelos espectadores", comenta Isabella. Fã da temporada exibida em 2003, com a mesma equipe de criação da atual fase, a intérprete encarou desafios de peso, como o primeiro: contracenar com o admirado José de Abreu.

Outra barreira ultrapassada foi o tom conservador que imantou a personagem. "Isso causa uma estranheza, as pessoas acham que a Maria Cláudia tem data de validade vencida. Ela é muito tradicional e se veste como se uma avó a tivesse arrumado", brinca. A descontração faz par com o andamento da novela: "Esta nova temporada tem a característica de ser mais leve, mais jovial. Aliás, abrimos o horário nobre, numa hora que não requer uma atração muito chorosa, muito pesada", conclui.

Raio-X


Nome: Isabella Dionísio Souza
Nascimento: Em 20 de janeiro de 1991, em Brasília 
O primeiro trabalho na tevê: “A Maria Cláudia, de ‘Malhação ID’”.
Sua atuação inesquecível: “No teatro, quando fiz a Joana Grila no ‘Auto da Compadecida’”
Um momento marcante na carreira: “Quando fiquei sabendo que tinha passado no teste pra fazer ‘Malhação ID’” 
Ao que assiste na tevê: “Gosto muito de ‘Glee’ e ‘Ribeirão do Tempo’”.
O que falta na televisão: “Programas educativos e que estimulem a cultura”
O que sobra na televisão: “Programas de fofoca. São muitos!”
Ator: Matheus Nachtergaele e Wagner Moura
Atriz: Meryl Streep e Lília Cabral
Com que gostaria de contracenar: Tony Ramos
Novela preferida: “A Favorita”, de João Emanuel Carneiro
Cena Inesquecível na tevê: “Camila raspando o cabelo em ‘Laços de Família’”
Melhor Abertura de novela: “O Cravo e a Rosa”, de 2000
Vilão marcante: “A Nazaré, papel da Renata Sorrah em ‘Senhora do Destino’”
Personagem mais difícil de compor: “Lady Macbeth, em ‘Macbeth’, de Shakespeare. Foi só um trecho da peça, mas eu tinha apenas 13 anos”
Que novela gostaria que fosse reprisada: “A Favorita”, de João Emanuel Carneiro, exibida em 2008
Melhor bordão da tevê: “Não é brinquedo, não!”, da Dona Jura, vivida por Solange Couto em “O Clone”
Canção inesquecível de trilha sonora: “Love by Grace”, de Wayne Tester e Dave Loggins, com Lara Fabian
Com quem gostaria de fazer par romântico: Murilo Rosa
Filme: “Pequena Miss Sunshine”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris.
Livro de cabeceira: “A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen”, de Eugen Herrigel
Mania: “Escutar música antes de dormir”
Autor: Nelson Rodrigues
Diretor: Martin Scorsese
Medo: “De perder pessoas queridas. Não apenas no sentido de morte, mas também de afastamento”
Vexame: “Uma vez caí no meio de uma apresentação na faculdade de Artes Cênicas”
Projeto: “Fazer cinema”
Twitter da Isabella